quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

TRABALHADOR MORRE EM ACIDENTE NO COMPLEXO FORD NA BAHIA

Um lamentável acidente no pátio de veículos do Complexo Ford, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, provocou a morte do motorista Antônio Paulo dos Santos, 56 anos. Ele era natural de Recife e trabalhava há 10 anos na Brasul, empresa de transportes que presta serviços de transporte para a Ford.O acidente aconteceu na noite desta terça-feira (14).
Segundo testemunhas, a vítima dormia embaixo de uma carreta tipo cegonha com mais três amigos. Quando o motorista da carreta ligou o veículo para manobrar, todos acordaram e saíram, menos Antônio, que foi atropelado.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari convocou em caráter de urgência, uma reunião com a direção da Ford, Brasul - empresa de transportes terceirizada e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) para discutir a questão da segurança no Complexo e as providências imediatas que serão tomadas como apoio à família do motorista.
O Sindicato também já comunicou o acidente para a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e o Ministério Público do Trabalho. A categoria metalúrgica se solidariza com os parentes do trabalhador.

TRIBUNA METALURGICA - SMABC

14 de Dezembro de 2010 | Notícias | Economia

Aperto do crédito pelo BC prejudica consumidor

Medidas anunciadas no início de dezembro influenciam fiinanciamento de veículos


Os metalúrgicos do setor automotivo saíram perdendo com as medidas anunciadas pelo Banco Central (BC) no início de dezembro, quando a instituição financeira alegou necessidade de manter a concessão de crédito sob controle.
“Na prática, o consumidor precisará de mais dinheiro para comprar um veículo, porque as medidas reduzem o prazo de concessão de financiamento, com impacto sobre o crescimento da demanda”, comentou Sérgio Nobre (foto), presidente do Sindicato.
“Além de tornar o crédito mais caro, inibindo as compras em geral, as medidas também provocarão maior exigência de entrada nos financiamentos de automóveis, prejudicando diretamente o setor automotivo”, disse o dirigente.
“Felizmente, as medidas deixaram de fora as operações de financiamento ou leasing de veículo de carga, o que agravaria ainda mais a situação”, disse o presidente do Sindicato.
PrestaçõesAs medidas do BC valem para financiamentos com prazos entre 24 e 36 meses, quando o valor da entrada for inferior a 20% do valor do veículo.
Já em prazos de 36 e 48 meses, as medidas valem quando a entrada for inferior a 30%. Entre 48 e 60 meses, o aumento incidirá quando a entrada for menor que 40% do valor do bem.

Efeitos já no final de ano
Sérgio Nobre comentou que o Banco Central não consegue adotar outra cartilha que não essa já tradicional. “Para conter a oferta de crédito, tiram recursos do sistema financeiro e reduzem os prazos de financiamento, induzindo a elevação dos juros para o consumidor”, explicou. “Crédito mais caro significa menos vendas”, completou.
O governo alega que as medidas vão inibir o surgimento de bolha de consumo graças ao volume de crédito e que não quer bolhas num momento de inflação em alta.
Sérgio Nobre, porém, disse que as medidas são recessivas e já terão reflexo nas festas de final de ano. “Seus efeitos serão no curto prazo”, alertou.

Menos meses, prestações maioresVeja exemplo feito pela seção do Dieese do Sindicato:
Uma pessoa vai comprar um novo Gol básico 1.0 no valor de R$ 27.500,00, dando como entrada um Gol 1000, ano 1995, que atinge no mercado um valor de R$ 5.000. Antes, ele poderia fazer o empréstimo em 60 vezes, com juros médios de mercado, pagando uma parcela fixa de R$ 612,00. Com as novas medidas esse empréstimo terá de ser feito em, no máximo, 36 meses, fazendo o valor da parcela aumentar para R$ 850,00, um valor 39% maior.
Da Redação

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ESTATUTO DO COMITÊ NACIONAL DOS TRABALHADORES NA FORD - Trajetória para alcançar o reconhecimento
No dia 7 de dezembro de 2010 a coordenação do Comitê Nacional dos Trabalhadores na Ford se reuniu e elaborou um estatuto para o comitê, a Coordenação do comitê é formada pelos representantes das plantas de São Bernardo: Colombo, Simone e Zuza; da planta de Taubaté: Claudinha, Mil e Vladimir e da planta de Camaçari: Júlio, Cláudio e Aurino. As demais plantas (Tatuí e Troller) foram convidadas a participar da rede e, em breve estarão engajadas neste trabalho de troca de informações entre as plantas, estreitando os nossos laços de solidariedade e fortalecendo a organização dos trabalhadores desde o local de trabalho.
No dia 8 de dezembro de 2010 a coordenação do Comitê Nacional entregou para a Gerente de Relações Trabalhista o estatuto para o conhecimento da empresa e que possamos um dia ter o reconhecimento do comitê a exemplo de outras empresas.
A CNM(Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), através do Secretário Geral João Cayres, também faz parte da Coordenação, pois a criação de redes inter-empresas é uma das tarefas da Confederação em nível nacional e internacional.
Está previsto a publicação de um jornal conjunto entre as plantas.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TRABALHADORES DO COMPLEXO FORD NA BAHIA SÃO RECLASSIFICADOS

Depois de intensas negociações e pressão do chão de fábrica, 61 funcionários do setor de qualidade (montagem final), do Complexo Ford, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, foram reclassificados do nível 62 para o nível 63. Trabalhadores de todos os turnos foram beneficiados.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, essa é uma vitória pela igualdade de direitos, uma bandeira de luta permanente da entidade. “Havia uma grande insatisfação na área porque os empregados exerciam a mesma função, porém ganhando salários diferenciados” diz Cleiton Alder, diretor sindical que trabalha na área contemplada.
Para conquistar a reclassificação foi preciso empenho na mesa de negociação e também na mobilização. Apoiados pelo Sindicato, os trabalhadores do setor paralisaram parcialmente as atividades por diversos dias.
De acordo com o Sindicato, o objetivo agora é continuar lutando para garantir a reclassificação de ainda mais trabalhadores para o nível 63, como tem acontecido nos últimos anos. “Essa é mais uma vitória que deve impulsionar a solução de outros casos irregulares dentro da montadora e nas empresas parceiras”, diz Júlio Bonfim, diretor da entidade e funcionário do complexo Ford.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

COMITÊ NACIONAL:

Trabalhadores criam Comitê Mundial da Ford

João Cayres, representante da América do Sul, disse que o processo de debates sobre o Comitê Mundial começou há cinco anos, durante encontros nacionais e internacionais promovidos pelo TIE, entidade para troca de informações, e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT

 
Os trabalhadores na Ford, reunidos na semana passada em Detroit, nos Estados Unidos, decidiram pela criação do Comitê Mundial durante encontro patrocinado pela Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Foi definido um grupo executivo, responsável pela negociação e formalização do Comitê junto à direção mundial da Ford.
O companheiro João Cayres (foto) foi escolhido para esse grupo como representante da América do Sul. Ele participou do encontro como representante brasileiro da fábrica de São Bernardo, além de José Monteiro, de Taubaté, e Júlio Bonfim, de Camaçari.
João Cayres disse que o processo de debates sobre o Comitê Mundial começou há cinco anos, durante encontros nacionais e internacionais promovidos pelo TIE, entidade para troca de informações, e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT.
"Antes, o sindicato norte-americano, o maior do grupo Ford, não tinha uma discussão sobre o assunto. Agora, com uma posição real deles, foi possível encaminhar o Comitê Mundial", disse.
Ele comentou que um comitê com representantes das fábricas do mundo tem acesso ao alto escalão da multinacional, além de poder encaminhar reivindicações que normalmente não chegam à direção da empresa.
Além disso, o Comitê Mundial agiliza a troca de informações entre os trabalhadores. João Cayres lembrou que os encontros entre brasileiros e russos do grupo Ford possibilitaram a criação de um sindicato independente naquele país.
"Eles se organizaram, realizaram greves com nossa solidariedade e conquistaram melhores salários", comentou.
Esse mesmo exemplo vale para os trabalhadores na fábrica de Camaçari que, depois de muita luta com apoio do pessoal de vários países, também avançaram nas conquistas.
Participaram do encontro internacional metalúrgicos das fábricas da Ford no Brasil, Rússia, Espanha, Tailândia, África do Sul, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Bélgica, Suécia, Austrália e Estados Unidos.